Periodicidade, Forma e Prazo de Entrega da EFD - Contribuições
Os arquivos da EFD-Contribuições têm periodicidade mensal e devem apresentar
informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que as apurações das contribuições e
créditos sejam efetuadas em períodos inferiores a um mês, como nos casos de abertura,
sucessão e encerramento.
Portanto a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o primeiro dia do mês
ou outro, se for início das atividades, ou de qualquer outro evento que altere a forma e período
de escrituração fiscal do estabelecimento. A data final constante do mesmo registro deve ser o
último dia do mesmo mês informado na data inicial ou a data de encerramento das atividades ou
de qualquer outro fato determinante para paralisação das atividades daquele estabelecimento.
O arquivo digital de escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta será gerado de forma centralizada pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica, em função do disposto no art. 15, da Lei nº 9.779, de
19 de janeiro de 1999, e submetido ao programa disponibilizado para validação de conteúdo,
assinatura digital, transmissão e visualização.
Ficam obrigadas a adotar a EFD-Contribuições, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022,
de 2007, todas as pessoas jurídicas sujeitas à apuração das referidas contribuições sociais,
incidentes sobre o faturamento e a receita, nos regimes não cumulativo e cumulativo, com base
nos seguintes prazos de obrigatoriedade, definidos na Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012:
I - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;
II - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;
III - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6 º , 8 º e 9 º do
art. 3 º da Lei n º 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei n º 7.102, de 20 de junho de 1983;
IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as
atividades relacionadas nos arts. 7 º e 8 º da Medida Provisória n º 540, de 2 de agosto de 2011 ,
convertida na Lei nº 12.546, de 2011;
V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as
atividades relacionadas nos §§ 3 º e 4 º do art. 7 º e nos incisos III a V do caput do art. 8 º da Lei n º
12.546, de 2011.
VI - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de agosto de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as
demais atividades relacionadas dos art. 7 º e 8 º da Lei n º 12.546, de 2011, acrescidas pela Medida
Provisória nº 563, de 2012, como as atividades de hotelaria (serviços) e nos novos códigos de
produtos, relacionados no Anexo da referida Lei nº 12.546/2011.
As pessoas jurídicas que, mesmo dispensadas da transmissão da EFD-Contribuições, nos termos e
situações especificadas na IN RFB nº 1.252/2012, tenha efetuado a transmissão antecipadamente, em
caráter opcional, não passam à condição de obrigatoriedade dos demais períodos ainda dispensados,
muito menos precisam retificar a escrituração espontaneamente transmitida, salvo se na referida
escrituração estejam relacionados valores de contribuições em montante diferente dos efetivamente
devidos e informados em DCTF.
Neste caso, deve retificar a escrituração, para que os valores das contribuições relacionados no Bloco M
(M200 para o PIS/Pasep e M600 para a Cofins) estejam em conformidade com os valores efetivamente
devidos e informados em DCTF.
A elaboração da EFD-Contribuições é obrigatória pela pessoa jurídica que se enquadre em
um dos incisos acima, mesmo no mês em que a pessoa jurídica que se enquadre na
obrigatoriedade não tenha realizado operações representativas de contribuição apurada ou de
crédito apurado.
Todavia, a Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 dispensa da obrigatoriedade da
apresentação da EFD-Contribuições, no caso de pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto
sobre a Renda com base no Lucro Real ou Presumido em relação aos correspondentes meses do
ano-calendário, em que:
I - não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra
natureza, sujeita ou não ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção, não
incidência, suspensão ou alíquota zero;
II - não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não
cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive referentes a operações de importação.
A dispensa de entrega da EFD-Contribuições acima referida, não alcança o mês de
dezembro do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação a esse mês,
proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do anocalendário
em que não auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito.
Referida identificação na escrituração do mês de dezembro de cada ano-calendário, dos
meses dispensados da apresentação, será efetuada no Registro "0120 - Identificação de Períodos
Dispensados da Escrituração Digital", o qual será criado mediante a publicação de Ato
Declaratório Executivo, atualizando o leiaute da EFD-Contribuições.